Um mundo pacífico e
próspero é aquele no qual as pessoas podem se sentir seguras e protegidas em
suas casas, com suas famílias e em suas comunidades. É um mundo no qual elas
podem se sentir confiantes em seu país, com sua cultura e na família das nações
e dos povos do nosso planeta.
Às vezes, por razões
econômicas ou outras razões pessoais, as pessoas optam por deixar as suas casas
e começar uma nova vida em um novo local. Para melhor ou pior, essas decisões
são tomadas por uma questão de escolha consciente.
Quando catástrofes
naturais acontecem, casas são destruídas, deslocando comunidades inteiras.
Quando a guerra ou a agitação civil devastam uma comunidade, pessoas são
deslocadas à força para proteger a vida e a integridade física. Elas têm apenas
duas opções: a morte por privação, assaltos ou genocídios, ou a vida no exílio.
Basta pensar naqueles que foram forçados a fugir da violência em Darfur para
vislumbrar a gravidade de sua necessidade.
Esta é a situação dos
refugiados e deslocados internamente hoje. Em 2008, o Escritório do Alto
Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) foi capaz de ajudar 4,5 milhões
do total estimado de 11,4 milhões de refugiados em todo o mundo. Foi também
capaz de proteger e assistir cerca de 13,7 milhões de pessoas internamente
deslocadas (IDP).
No processo, o ACNUR
ajudou 2,8 milhões de refugiados e deslocados a voltarem a suas casas. Também
atuou ativamente quanto às necessidades de cerca de 2,9 milhões de apátridas e
800 mil requerentes de asilo e outros casos. Um total de 31,7 milhões de
pessoas – despojadas da segurança básica necessária para viver uma vida
produtiva e significativa.
Infelizmente, conflitos
e catástrofes naturais continuam a pesar sobre tais pessoas. Mas sua situação é
muito, muito melhor do que poderia ter sido, graças ao empenho da família das
Nações Unidas para ajudá-las a regressar às suas casas, e para protegê-las e
mantê-las até o seu retorno se tornar possível.
Quando sua situação
resulta de conflitos, missões de paz da ONU frequentemente se disponibilizam
para proteger suas moradias. Quando elas ficam sem acesso a necessidades
básicas como água, comida e saneamento, a família das Nações Unidas as fornece.
Quando sua saúde está em perigo, o Sistema da ONU busca proteção.
Grande parte deste
apoio é prestado através da Ação Humanitária das Nações Unidas. A Comissão
Permanente Interagencial (IASC), através da sua abordagem em grupo, reúne todas as principais agências
humanitárias, tanto dentro como fora do sistema das Nações Unidas, para uma
ação coordenada. O ACNUR é a agência líder no que diz respeito à proteção dos
refugiados e deslocados internamente. Junto com a Organização Internacional
para as Migrações (OIM), é a principal agência de coordenação e gestão. E
compartilha a liderança com relação aos abrigos de emergência com a Federação
Internacional da Cruz
Vermelha e do Crescente Vermelho.
Organismos da ONU
ativamente envolvidos nesta abordagem em grupo incluem a Organização das Nações
Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Escritório de Coordenação de Assuntos
Humanitários (OCHA), o
Programa Mundial de Alimentos (PMA), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o
Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos (ACNUDH).
O Escritório do Alto
Comissariado da ONU para os Refugiados recebeu duas vezes o Prêmio Nobel da Paz
– em 1954 e 1981.
“O problema de situações prolongadas com refugiados atingiu proporções enormes. De acordo com recentes estatísticas do ACNUR, cerca de seis milhões de pessoas (excluindo o caso especial de mais de quatro milhões de refugiados palestinos) estão agora vivendo no exílio por cinco anos ou mais. Mais de 30 situações [do tipo] ocorrem em todo o mundo, a grande maioria delas em países da Ásia e da África, que estão se esforçando para atender às necessidades de seus próprios cidadãos.” - Declaração do Alto Comissário da ONU para Refugiados, António Guterres, em “Suportando o Exílio“, dezembro de 2008
Além disso, a Agência
das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA),
fundada em 1949, é o principal fornecedor de serviços básicos – educação,
saúde, assistência e serviços sociais – para mais de 4,5 milhões de refugiados
palestinos registrados no Oriente Médio. Isso inclui 1,3 milhões vivendo em 58
campos de refugiados na Jordânia, no Líbano, na Síria e no território ocupado
da Palestina, incluindo a Faixa de Gaza e a Cisjordânia.
A UNRWA fornece
assistência humanitária de emergência para atenuar os efeitos da crise sobre os
refugiados mais vulneráveis em Gaza, bem como da Cisjordânia, e foi um dos
primeiros órgãos a responder à emergência de necessidades dos refugiados
afetados pelos conflitos ocorridos no Líbano entre julho e agosto de 2006.
A Assembleia Geral
proclamou a comemoração anual do Dia Mundial dos
Refugiados em 20 de junho.
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