Ataque contra ônibus mata 11 universitárias no Paquistão

Explosão atingiu estudantes voltavam para suas casas em Queta.

Pelo menos 11 universitárias morreram e 22 ficaram feridas neste sábado em um atentado a bomba contra um ônibus de uma universidade para mulheres no sudoeste do Paquistão, afirmou a polícia. O artefato explodiu no momento em que o ônibus saía da universidade e todos os mortos são mulheres, estudantes e professoras.
"A bomba estava escondida em um ônibus em Queta, capital da província do Baluchistão", disse Zubair Mahmood, chefe da Polícia da cidade. "Estamos investigando para saber se a bomba foi detonada a distância", acrescentou.
Muitas das estudantes feridas estão em estado crítico, com graves queimaduras causadas pelo incêndio que rapidamente tomou conta do ônibus depois da explosão, disse Fayaz Sumbal, outro oficial da polícia de Queta. Elas foram transferidas ao Complexo Médico Bolan, onde aconteceu uma segunda explosão uma hora depois e onde um grupo de militantes se entrincheirou, em um novo ataque contra as sobreviventes do primeiro atentado, segundo o jornal The Express Tribune.
O governo enviou forças especiais e policiais para enfrentar o número indeterminado de insurgentes que continuam no interior do hospital. Segundo o jornal, o delegado adjunto de Quetta, Abdul Mansoor Kakar, morreu no enfrentamento contra os insurgentes no centro médico.
O atentado não foi reivindicado, mas em seis anos mais de 6.000 pessoas perderam a vida em atentados praticados no Paquistão pelos talibãs, aliados da Al Qaeda, ou por grupos vinculados aos insurgentes islamitas. Muitos se queixam de Islamabad por ter se aliado aos Estados Unidos em sua "guerra contra o terrorismo" depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York e Washington. Outros ataques são motivados por fundamentalismo, de terroristas que são contra os direitos das mulheres.

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