Região tornou-se alvo fácil de ataques por conta de falta de consciência com relação à segurança e sistemas de proteção melhores na região.
Os cibercriminosos
abriram caminhos na América Latina e no Caribe, e parece ter fundado empresas
em expansão graças aos baixos níveis de proteção e consciência na região. É o
que aponta uma análise rara, mas oportuna, feita pela Trend Micro.
Depois de coletarem
dados de 20 das 32 Organizações dos Estados Americanos (OEA) e seus próprios
honeypots, a Trend Micro conclui que o cibercrime está em ascensão - o que não
é uma surpresa, dado que este é um fenômeno global, mas vale a pena prestar
atenção em qualquer empresa fazendo negócios nesses países.
No geral, os incidentes
aumentaram nos países da OEA entre 8% e 40% entre 2011 e 2012, em todas as categorias
de ameaça, com destaque para hacktivismo, ataques a internet banking e a
infraestruturas específicas.
Mais interessante do
que as percentagens em si, no entanto, foram as conclusões que a Trend Micro
fez com relação à cibersegurança subjacente, com base nos tipos de ataque que
foram relatados.
Malware foi o maior
problema na região - a pesquisa sugere que o nível de correção é baixo, os
sistemas operacionais são executados em estados precários e há indicativos de
uma complacência geral entre os consumidores com relação aos riscos do mau
comportamento de softwares.
Cibercrime
O crime organizado
nativo (oposição às gangues do Leste Europeu) também parece ter bastante
sucesso, adaptando os métodos de ataque aos pontos fracos encontrados em
diferentes países. Isto inclui as gangues que desenvolvem seus próprios kits de
crimeware, tendo o "PiceBot" como um bom exemplo de malware bancário
que anuncia um novo nível de sofisticação para malware caseiros.
A proteção para
sistemas de controle industrial (ICS) também é uma preocupação, com a Internet
enfrentando muitos sistemas abertos a ataques. A própria Trend Micro registrou
39 ataques a sistemas de infraestrutura na região durante um único mês em 2012
- 12 deles classificados como automatizados, repetidos e direcionados.
Talvez a maior fraqueza
de todas seja simplesmente a resposta desigual dos governos na região.
Dinheiro, experiência e a falta de ciber-consciência continua sendo um
problema, embora a Trend Micro tenha descoberto que muitos países estavam sendo
positivamente incentivados pela cultura global emergente em ciber-defesa do
governo.
"No conjunto, os
líderes políticos estão conscientes dos perigos do cibercrime e hacking, mas os
esforços são, muitas vezes, limitados pela falta de recursos dedicados à
capacitação cibernética e pela falta de conhecimento especializado e
experiência para implementar políticas técnicas", disseram os
pesquisadores da empresa de segurança.
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