Manifestações em SP

(iG) Haddad critica 'possível excesso da força policial' durante manifestação em SP.Prefeito disse ainda que a imagem do protesto mudou de "violência dos manifestantes" para "violência policial". Mais de 230 foram detidos na última noite na capital paulista

Após os confrontos da noite de quinta-feira (13), o prefeito Fernando Haddad (PT) criticou a conduta da Polícia Militar na repressão ao protesto do Movimento Passe Livre (MPL). "Na terça-feira, a imagem que ficou foi a da violência dos manifestantes. Infelizmente hoje (ontem) não resta dúvida de que a imagem que ficou foi a da violência policial", disse.
A manifestação: 4º protesto contra tarifa termina com mais 230 presos em São Paulo
Vídeo: Manifestantes pedem calma, mas são recebidos a bala pela PM
PM prende, agride e impede trabalho de jornalistas em protesto em São Paulo 
Haddad afirmou que "há fatos a serem apurados" pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). "Entendo que o secretário (Fernando) Grella (Vieira), ao abrir um inquérito para a apuração rigorosa dos fatos, agiu corretamente", disse. "É evidente que a imagem que ficou é esta: de um possível excesso da força policial."
Haddad disse que tem mantido contato com Grella. "Vamos acompanhar a evolução dos eventos, sempre entendendo que o método escolhido (pelos manifestantes) foi o pior possível. Estamos vivendo uma escalada (da violência) que não vai levar a nada. O diálogo levaria a algum lugar", afirmou.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB), que ontem chegou de Paris onde estava com Haddad para a apresentação da candidatura de São Paulo para sede da Expo 2020, não se manifestou sobre a tática adotada pelos policiais. A PM também não se posicionou sobre a conduta dos agentes que trabalharam na operação.
Pedestres e motoristas que não participavam do protestos foram atingidos por balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. A PM informou apenas que as denúncias de abusos serão investigadas. No fim da noite, enquanto a manifestação ainda acontecia, Alckmin usou o Twitter para comentá-la. "Depredação, violência e obstrução de vias públicas não são aceitáveis. O governo de São Paulo não vai tolerar vandalismo", escreveu.
O governador aproveitou também para parabenizar Guaratinguetá por seus 383 anos, texto pelo qual foi criticado por usuários na rede social. Pela manhã, Alckmin manteve suas atividades em Santos, na comemoração dos 250 anos de nascimento de José Bonifácio de Andrada e Silva, o patriarca da Independência do Brasil. Na ocasião, descartou a redução da tarifa de trens e metrô e voltou a destacar que quem destruir patrimônio "será punido".
Sem chance
Haddad, que passou o dia em reuniões em seu gabinete, no Edifício Matarazzo, de onde pôde observar o início dos protestos, também disse que está fora de cogitação reduzir a passagem na capital . No dia 2 deste mês, as tarifas de ônibus, trem e metrô foram reajustadas de R$ 3 para R$ 3,20.
O prefeito disse que o único sinal que ainda pode dar para o MPL é cumprir os compromissos de campanha, como implementar o bilhete único mensal, criar corredores de ônibus e manter o reajuste das passagens abaixo da inflação. "Houve uma campanha eleitoral e ninguém se manifestou (sobre a tarifa zero). Sempre expressei minha opinião sobre o assunto, me comprometi com reajuste abaixo da inflação."
Racha
A Juventude do PT emitiu nota para pedir a reversão do aumento e que o governo do Estado faça o mesmo em relação às passagens de trem e metrô. O grupo lembrou que em 2011 lutou contra o reajuste promovido por Gilberto Kassab (PSD), de R$ 2,70 para R$ 3.
"Não nos furtaremos deste instrumento (manifestação) para demonstrar nossa indignação e cobrar soluções para as mazelas da população", disse a Juventude do PT. Haddad afirmou que são posições individuais de petistas.
"Os indivíduos são livres para expressar sua opinião, independentemente de pertencer a esse ou àquele partido. Uma coisa é a opinião individual, outra é a posição partidária." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(G1) Após manifestação na Av. Paulista, SP tem mais de 200 km de filasManifestação contra Copa das Confederações interditou faixas. Marginal Pinheiros era via com trânsito mais complicado.

São Paulo tinha cerca de 206 km de lentidão por volta das 19h30 desta sexta-feira (14), segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A lentidão na cidade chegou a 224 km no início da noite. Os congestionamentos se concentravam na Zona Sul, onde o motorista encontrava 71 km de filas.
Uma manifestação contra a Copa das Confederações chegou a bloquear pistas nos dois sentidos da Avenida Paulista. No horário, a via tinha 640 metros de lentidão no sentido Paraíso, entre as alamedas Casa Branca e Joaquim Eugênio de Lima. Na Rua da Consolação, o motorista diminuía a velocidade por 2 km, no sentido Centro, da Praça Franklin Roosevelt até a Avenida Paulista.
Os motoristas enfrentavam 18 km de lentidão na via expressa da Marginal Pinheiros, sentido Interlagos, entre a Rodovia Castelo Branco e a Ponte Transamérica. No mesmo sentido, ainda havia 3,8 km de congestionamento na via local, entre as pontes Cidade Jardim e Nova do Morumbi.
A Marginal Tietê tinha filas no sentido Ayrton Senna por 13 km nas pistas local e expressa. Na via local, a lentidão ia da Ponte da Freguesia do Ó até o CT do Corinthians. Na via expressa, o motorista enfrentava congestionamento entre a Ponte Rodovia dos Bandeirantes e a Ponte Jânio Quadros.
Manifestação
Uma manifestação interditou parte da Avenida Paulista na tarde desta sexta (14). A CET  informou que duas faixas da via chegaram a ser fechadas no sentido Paraíso por causa da concentração de manifestantes.
Portas do Metrô Consolação próximas à concentração de pessoas foram fechadas. Segundo a PM, cerca de 200 pessoas se reuniram em ato contra a realização da Copa das Confederações. A polícia acompanhava a manifestação à distância.
O ato saiu do Masp e chegou até o prédio onde funciona o escritório da Presidência da República em São Paulo. Os manifestantes protestam contra os gastos públicos para a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. O grupo distribui um panfleto intitulado "Copa pra Quem?", questionando obras da copa. O documento é assinado pela Frente de Resistência Urbana e Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa.
Jogos cancelados no Dante
O colégio Dante Alighieri, localizado nas proximidades da Avenida Paulista, informou que fechará as portas mais cedo nesta tarde por causa do protesto em andamento na região do Masp. Na tarde desta sexta-feira a assessoria da instituição de ensino informou que vai fechar às 18h15. Segundo a assessoria, foram cancelados 18 jogos das olimpíadas internas previstos para esta sexta.
A diretoria da instituição se reuniu nesta sexta para discutir as providências a serem tomadas ao final do dia e nos próximos. Há possibilidade de aulas noturnas serem canceladas em dias de protestos na cidade.

(Folha de S. Paulo) Manifestação em SP é reprimida com violência pela polícia.

O quarto ato de protesto contra os aumentos no transporte público em São Paulo, nesta quinta-feira (13), foi reprimido com violência pela polícia militar, que na ação, acabou ferindo repórteres e pessoas não envolvidas na manifestação como mostra o vídeo abaixo.
O confronto começou quando a PM tentou impedir os cerca de 5.000 manifestantes de prosseguir a passeata contra o aumento dos ônibus pela rua da Consolação, no sentido da avenida Paulista. Com isso, houve bombas de gás lacrimogêneo e tiros de borracha disparados contra os manifestantes, que atiravam pedras e outros objetos.
Algumas bombas atiradas pelos policiais foram parar em um posto de gasolina, no cruzamento com a rua Caio Prado. Já a fumaça das bombas formou uma névoa que fez "desaparecer" os carros que ficaram parados na região.
O protesto de ontem também deixou sete jornalistas da Folha feridos, dois deles com tiros de borracha na região do rosto. Os sete estavam identificados como profissionais de imprensa e passam bem.
A repórter da TV Folha Giuliana Vallone teve a região do olho direito atingida por uma bala de borracha e foi hospitalizada. A Folha repudia toda forma de violência e protesta contra a falta de discernimento da Polícia Militar no episódio.

Rita Lisauskas (jornalista da Band)


As bombas de gás lacrimogênio vencidas há 3 ANOS, que como o próprio fabricante diz: OFERECEM PERIGO SE FORA DA VALIDADE.


Esse perigoso manifestante que tem uma ameaçadora flor.


A repórter da Folha, Giuliana Vallone, que foi atingida no olho.


A mensagem compartilhada entre os manifestantes incentivando o protesto na paz e como se defender sem em caso de ação violenta da polícia.


Os relatos de pessoas que viram policias arrastando pessoas feridas para fora do hospital.


Outros relatos de abuso de poder da polícia como esse e esse.
Relatos 3 e 4.

Fotos:





(oglobo) PM começou a batalha na Maria Antônia

Leia mais em: http://oglobo.globo.com/pais/a-pm-comecou-batalha-na-maria-antonia-8684284#ixzz2WIgSprgF 
A Quem acompanhou a manifestação contra o aumento das tarifas de ônibus ao longo dos dois quilômetros que vão do Teatro Municipal à esquina da Consolação com a rua Maria Antônia pode assegurar: os distúrbios desta quinta-feira começaram às 19h10m, pela ação da polícia, mais precisamente por um grupo de uns vinte homens da tropa de choque, com suas fardas cinzentas, que, a olho nu, chegaram com esse propósito.
Pelo seguinte: às 17h, quando começou a manifestação, na escadaria do teatro, podia-se pensar que a cena ocorria em Londres. Só uma hora depois, quando a multidão engordou, os manifestantes fecharam o cruzamento da rua Xavier de Toledo. Nesse cenário, havia uns dez policiais. Nem eles hostilizaram a manifestação, nem foram por ela hostilizados.
Por volta de 18h30m, a passeata foi em direção à Praça da República. Havia uns poucos grupos de PMs guarnecendo agências bancárias, mais nada. Em nenhum momento foram bloqueados. Numa das transversais, uns vinte PMs postaram-se na Consolação, tentando fechá-la, mas deixando uma passagem lateral. Ficaram ali menos de dois minutos e retiraram-se. Esse grupo de policiais subiu a avenida até a Maria Antonia, caminhando no mesmo sentido da passeata. Parecia Londres. Voltaram a fechá-la e, de novo, deixaram uma passagem. Tudo o que alguns manifestantes faziam era gritar: “Você é soldado, você também é explorado” ou “Sem violência”. Alguns deles colavam cartazes brancos com o rosto do prefeito de São Paulo, “Fernando Maldad“.
Num átimo, às 19h10m, surgiu do nada um grupo de uns vinte PMs cinzentos, com viseiras e escudos. Formaram um bloco no meio da pista. Ninguém parlamentou. Nenhum megafone mandando a passeata parar. Nenhuma advertência. Nenhum bloqueio sem disparos, coisa possível em diversos trechos do percurso. Em menos de um minuto esse núcleo começou a atirar rojões e bombas de gás lacrimogênio. Chegara-se a Istambul.
Atiravam não só na direção da avenida, como também na transversal. Eram granadas Condor. Uma delas ficou na rua que em 1968 presenciou a pancadaria conhecida como “Batalha da Maria Antônia”. Alguns deles, sexagenários, não cheiram mais gás (suave em relação ao da época), mas o bouquet de vinhos.
Seguramente a PM queria impedir que a passeata chegasse à avenida Paulista. Conseguiu, mas conseguiu que a manifestação se dividisse em duas. Uma, grande, recuou. Outra, menor, conseguiu subir a Consolação. Eram pessoas perfeitamente identificáveis. A maioria mascarada. Buscaram pedras e também conseguiram o que queriam: uma batalha campal.
Foi um cena típica de um conflito de canibais com os antropófagos

Nenhum comentário:

Postar um comentário