O secretário-geral da Otan, Anders
Fogh Rasmussen, pediu à Síria nesta sexta-feira que permita que as Nações
Unidas averigue com urgência no país o uso de armas químicas contra os
rebeldes.
"É urgente que o regime da
Síria permita a investigação de todas as informações sobre o uso de armas
químicas", afirmou o secretário-geral através do Twitter.
Rasmussen se expressou dessa forma
depois que o presidente dos EUA, Barack Obama, decidiu enviar ajuda militar aos
rebeldes que querem derrubar o regime sírio de Bashar al-Assad, após
confirmação que Damasco usou armas químicas contra a oposição.
"É um assunto de grande
preocupação. A comunidade internacional já deixou claro que qualquer uso de
armas químicas é totalmente inaceitável", ressaltou secretário-geral da
Otan em entrevista coletiva conjunta oferecida hoje com o primeiro-ministro da
Moldávia, Iurie Leanca, após a visita do político à sede da organização em
Bruxelas.
Rasmussen reiterou "as
boas-vindas à declaração dos Estados Unidos. É urgente que o regime sírio
garanta o acesso das Nações Unidas para que averiguem todos os relatórios sobre
o uso de armas químicas". "A comunidade internacional deixou claro
que qualquer utilização de armas químicas é completamente inaceitável e uma
violação clara das leis internacionais", afirmou.
Rasmussen insistiu que a
"melhor solução é a política", e destacou a importância da
conferência que os Estados Unidos e a Rússia se comprometeram em promover para
tentar encontrar uma solução pacífica para o conflito armado.
Neste sentido, pediu ao regime
sírio e à oposição que confirmem sua participação "para preparar o caminho
rumo a uma solução política sustentável em longo prazo". Além disso,
lembrou que a instalação de mísseis patriot ao longo da fronteira turca com a
Síria "vai garantir a proteção efetiva da Turquia contra qualquer ataque
de mísseis, químicos ou não".
O governo de Barack Obama informou
ontem que dará ajuda militar aos rebeldes que lutam contra o regime de Assad,
após a confirmação de que as forças sírias usaram armas químicas contra a
oposição, mas não detalhou que tipo de assistência será proporcionada aos
rebeldes sírios nem quando vão ocorrer estas operações.
A Administração de Obama deve
realizar uma série de consultas com o Congresso americano e também em nível
multilateral com seus aliados, assim como com a Rússia e a ONU durante a cúpula
do G8 que será realizada nos dias 17 e 18 de junho em Lough Erne (Irlanda do Norte)
sob a Presidência do Reino Unido.
Uma das possibilidades cogitadas
por Washington é o estabelecimento de uma zona de exclusão área, mas o governo
de Barack Obama ainda não tomou uma decisão, afirmou o conselheiro adjunto de
Segurança Nacional, Ben Rhodes, na capital americana.
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