Até o mês passado, a polícia aparecia para prender as ativistas Mulheres do Muro. Agora, por uma nova ordem judicial, eles as protegem.
Um grupo de mulheres
que brigam pelo direito de rezar livremente diante do Muro das Lamentações, em
Jerusalém, provocou a ira de judeus ultraortodoxos neste domingo.
O correspondente
Rodrigo Alvarez acompanhou essa disputa.
Quando os ônibus
chegaram à Cidade Velha de Jerusalém um batalhão especial da polícia estava de
prontidão. Até o mês passado, a polícia vinha para prender as ativistas
Mulheres do Muro. Mas agora, por uma nova ordem judicial, eles vieram aqui para
proteger as ativistas durante a reza.
Elas querem ter o
direito de rezar na frente do Muro das Lamentações do mesmo jeito que os
homens. Mas os judeus ultraortodoxos não aceitam. Dizem que são eles que fazem
as regras aqui.
De um ponto, os judeus
ultraortodoxos não podem passar porque é uma área reservada às mulheres. E há
cerca de um mês, a Justiça de Israel deu a elas o direito de rezar em frente ao
Muro das Lamentações do jeito que bem entenderem.
A polícia montou
barreiras duplas de isolamento: mulheres sorridentes de um lado, homens
impacientes do outro.
Durante a semana, dois
rabinos foram à polícia dizer que receberam cartas com ameaças de morte aos
ortodoxos. As mulheres dizem que não foram elas.
Como os ortodoxos não
tiveram acesso às mulheres, a fúria foi contra os ativistas que vieram com
elas. Um deles resolveu rezar. Virou alvo de pedras e ovos e não conseguiu nem
chegar perto do Muro das Lamentações.
No fim da reza, as
mulheres driblaram os inimigos, saíram por trás e deixaram os ortodoxos
revoltados. Sem acesso às mulheres, eles foram pra cima da polícia e dois
acabaram detidos.
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